A Diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença que se traduz pela presença de uma elevada concentração de glicose (açucar) no sangue.

Isto acontece porque o organismo não produz insulina suficiente e porque as células não reagem de forma apropriada à insulina que é produzida. A resistência à insulina durante longos períodos de tempo, leva a uma “exaustão” de produção de insulina por parte do pâncreas.

Esta é a forma mais comum da diabetes, estimando-se a sua prevalência em cerca de 9% da população mundial (>500 milhões de pessoas) e estima-se que em 2012, cerca de 3.5 milhões de pessoas terão morrido como consequência directa da diabetes. A OMS estima que até ao ano 2030, as mortes relacionadas com a diabetes irão duplicar. Apenas nos EUA, no ano de 2012, a diabetes foi directa ou indirectamente responsável pelo gasto de cerca de 245 mil milhões de dólares. Em Portugal, estima-se que os gastos anuais com o tratamento de doenças associadas à obesidade possa ascender a 750 milhões de euros!

A hiperglicemia é o principal sinal da diabetes, mas ao mesmo tempo também é a sua principal consequência. A presença de elevadas concentrações de glicose no sangue durante longos períodos de tempo, vai levar à presença de doenças em diversos órgãos, como sejam os rins, os olhos, o coração ou as artérias e nervos. A presença de diabetes aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares (enfarte e AVC), retinopatia diabética (cegueira) e insuficiência renal (com necessidade de hemodiálise). As pessoas com diabetes têm um risco de morte 2x superior ao das pessoas sem diabetes. É a principal causa de cegueira em adultos, de falência renal e de amputações não traumáticas dos membros inferiores.

Os sintomas mais comuns da diabetes são:

O diagnóstico da diabetes pode ser feito por um simples doseamento da glicose na circulação sanguínea.

O tratamento da Diabetes tipo 2 passa pela alteração do estilo de vida e diminuição do peso.

Pode ser controlada medicamente com fármacos que aumentam a produção de insulina ou que diminuem a resistência à insulina.

Em casos mais graves pode ser necessária a administração de insulina. A cirurgia metabólica é o único tratamento conhecido que poderá resultar na remissão da diabetes e do síndrome metabólico.